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terça-feira, 5 de novembro de 2024

A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO

  
As pessoas geralmente se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar certa elegância, de acordo com suas possibilidades.

Isso é natural do ser humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras.

No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.

Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca.

É possível detectá-la também nas pessoas que não usam um tom superior de voz. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece. É quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não.

É elegante não ficar espaçoso demais. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, cargo e jóias não substituem a elegância do gesto. Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente.

Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação.

É ser amigo sem conivência negativa.

Ser sincero sem agressividade.

É ser humilde sem relaxamento.

Ser cordial sem fingimento.

É ser simples com sobriedade.

É ter capacidade de perdoar sem fazer alarde.

É superar dificuldades com fé e coragem.

É saber desarmar a violência com mansuetude e alcançar a vitória sem se vangloriar.

Enfim, elegância de comportamento não é algo que se tem, é algo que se é.

* * *
Mais do que decorar regras de etiqueta e elaborar gestos ensaiados, é preciso desenvolver a verdadeira elegância de comportamento.

Importante que cada gesto seja sincero, que cada atitude tenha sobriedade. A verdadeira elegância é a do caráter, porque procede da essência do ser.

Fonte: Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem de Martha Medeiros, encontrável no site: www.nuraferretsilveira.hpg.ig.com.br/elegancia.htm

QUER SER FELIZ? PARE DE SER LEGAL COM TODO MUNDO!

Por toda a minha vida eu me considerei uma pessoa extrovertida.

Muita gente acha que extrovertidos são aqueles que têm a habilidade de conversar com todo mundo, enquanto introvertidos são tímidos. É um pouco isso, mas não é totalmente assim.

De forma bem simplista, introvertidos são aqueles que recarregam suas energias quando estão sozinhos. Ouvem mais do que falam e, mesmo os que não são tímidos (sim, existem introvertidos que não são tímidos), depois de um certo tempo interagindo com os outros se sentem esgotados e querem se isolar.

Extrovertidos são oposto disso. Eles se sentem “energizados” quando estão com outras pessoas. São os que gostam de conversar não importa o assunto. Mais falam do que ouvem o que os outros têm a dizer e se sentem mais felizes na companhia dos outros do que sozinhos.

Quando comecei a viajar e trabalhar sozinha, eu sentia muita falta das interações diárias com as pessoas, como eu costumava ter no meu antigo trabalho, por exemplo. Sentia falta de ter sempre a opção de encontrar uma amiga para conversar depois de um dia difícil ou apenas para bater perna no parque ou no shopping, sei lá.

Outra característica é que eu sempre fui muito ativa em relação às minhas amizades. Mandava mensagens regularmente para os amigos e estava sempre planejando encontros, festinhas, jantares nos fins de semana e raramente dizia não a um convite.
Ao longo desse ano eu percebi que eu tenho agido e me sentido diferente. Não foi proposital, mas alguns fatores externos acabaram sendo responsáveis por isso, como:

FALAR INGLÊS = FALAR MENOS

Por passar 95% do meu tempo falando inglês, eu comecei a ouvir muito mais do que falar. Para ser capaz de entender tudo o que estava acontecendo e sendo dito eu precisava prestar mais atenção do que o normal e também pensar mais antes de dizer algo. Depois de um tempo eu percebi (MEU DEUS) o quanto eu falava!

Quando falamos demais, pelos menos 30% do que falamos talvez não precisasse ser dito. Além disso, estamos tirando a oportunidade de outras pessoas no grupo (muitas vezes introvertidas) falarem também e isso pode nos privar de conversas e pontos de vista interessantes sobre algum assunto por não sabermos ouvir.

SEM EMPREGO FIXO = SEM VIDA SOCIAL

Minha primeira preocupação quando comecei
 viver dessa forma foi: como eu faria novos amigos sem ter um trabalho ou uma razão específica para sair de casa todos os dias? Isso é muito difícil! A gente não faz ideia do quando a nossa vida gira em torno do trabalho ou do quanto ele é importante para a nossa vida social até sairmos desse esquema “9h as 18h“.

Eu passo basicamente a semana toda trabalhando sozinha e precisava encontrar uma alternativa. Esse foi um dos principais motivos que me fez entrar para um grupo fechado de empreendedores que vivem esse mesmo estilo de vida.

Foi esse grupo que me trouxe, pela segunda vez, a um grande evento que eles fazem todos os anos em Bangkok e foi lá que eu cheguei a uma outra conclusão…

MENOS TEMPO PARA SOCIALIZAR = DIZER MAIS NÃO E SER MAIS SELETIVA

A primeira vez que eu vim à esse evento no ano passado meu pensamento foi: preciso conversar com o maior número de pessoas possível, já que esta é minha grande oportunidade de fazer amigos e contatos profissionais não estando todos os dias em um ambiente corporativo.

Sem exagero, eu conversei com umas 100 pessoas de todas as partes do mundo em dois dias, sendo que metade do tempo era dedicado a palestras.

Como todo mundo, eu também tinha um discurso meio pronto que falava de onde eu era, o que eu fazia antes de pedir demissão e o que eu estava fazendo atualmente. Foi ótimo, fiz vários contatos!

Muitos, eu encontrei de novo quando morei no Vietnã, Hong Kong, Medellín e outros lugares onde fiquei por menos tempo. Também é verdade que, quanto mais tempo eu passava nos lugares, mais estreitas ficavam essas relações e algumas renderam boas amizades e até uns trabalhinhos.

Este ano eu estive no evento mais uma vez. Muitas das pessoas que eu conheci no ano passado estavam aqui, mas tinha quase o dobro de gente. O que eu percebi foi que, em vez de me esforçar para conhecer novas pessoas, eu naturalmente estava muito mais interessada em elevar o nível da minha amizade com aqueles que eu já conheço, gosto e não tenho tantas oportunidades para encontrar durante o ano.

Isso me fez notar que o mesmo aconteceu com os meus amigos de São Paulo. Quando visito a cidade, tenho tão pouco tempo que preciso selecionar os lugares e com quem vou estar. Também percebi que muitas pessoas só estavam presentes na minha vida porque era fácil, já que eu sempre tomava a iniciativa e falava com elas.

Com a distância, acabei perdendo o contato com alguns que eu considerava grandes amigos e fortalecendo a amizade com aqueles que realmente estavam dispostos a manter o diálogo mesmo que não tão frequente ou pessoalmente como antes.

Hoje, percebo que a distância e um certo isolamento forçado foram excelentes para que eu me tornasse uma pessoa menos ansiosa (embora eu ainda seja muito), para que eu aprendesse a dizer não para aquilo que não vai ser tão importante para mim, para que eu começasse a identificar quem são meus verdadeiros amigos e passasse um tempo de muito mais qualidade com essas pessoas, principalmente quando eu estou no Brasil ou em algum outro lugar onde eles estejam.
Para muitos, isso pode parecer um comportamento egoísta, mas eu prefiro chamar de prioridade. Quero dar o melhor de mim para aqueles que realmente vão apreciar isso e não simplesmente para ser a “legalzona” e acabar tendo de fazer várias coisas que eu não estou com tanta vontade, sabe como é?

Em outras palavras o meu grande aprendizado foi: não tente ser legal dizendo SIM à tudo aquilo que você já sabe que existe a chance de ser meia-boca. 

Ou é COM CERTEZA ou NÃO!

Fonte do texto: http://www.sentimentosemfrases.com / Fonte da imagem: google

NA TEORIA TODO MUNDO É PERFEITO!

Não se iluda: na teoria todo mundo é perfeito e à distância todo mundo é acessível. Bem-vindo "aos tempos modernos".

Infelizmente, constatar na prática o que tenho sustentado nos últimos tempos é, no mínimo (e na melhor das hipóteses), frustrante. Nos dias atuais onde a informação é tão fluída e inconstante, não é raro nos depararmos com a perfeição virtual. Tudo é lindo na rede – basta o aplicativo certo. Assim como todas as pessoas são acessíveis, disponíveis, prontas para dar bom dia, boa tarde, boa noite, e outros comentários não tão bons assim. Você acaba de postar algo e em segundos as curtidas aparecem. Seu ego inflama - sua carência por atenção desaparece. Eita mundo bom, feito de pessoas atenciosas, interessadas e disponíveis – para o bem e para o mal, diga-se de passagem.

Pena que as mesmas pessoas que estão sempre on-line passam por você na rua e sequer notam sua presença. Seria a culpa do filtro? Acho que não (se bem que eles confundem).

A culpa como sempre é das nossas expectativas, da nossa irremediável capacidade de confundir criador e criatura.

Se na obra de Robert Louis Stevenson o médico era o estado natural do personagem, algumas constatações me levam a crer que nos tempos atuais, a monstruosidade de cada um está travestida de mega bytes.

Fonte do texto: http://obviousmag.org

NÃO FICO MAIS COM RAIVA: SÓ OLHO, PENSO E ME AFASTO!

 Para ter força para lidar com situações complicadas devemos aprender a tomar uma certa distância emocional, a questionar o que se apresenta para nós e a pensar antes de tomar qualquer decisão. Como com tudo na vida, para aprender isso é necessário tempo e experiência, muita experiência.

Assim, podemos dizer que a distância emocional é uma regra implícita que nos permite ver e sentir as coisas de uma outra maneira, pois damos tempo para que as emoções como a raiva percam força e podemos então entender melhor nossos sentimentos, os quais nos permitem compreender com mais clareza o que pensamos e como queremos realmente agir.

Ou seja, fazer isso, se distanciar, serve para lidar melhor com nossas emoções e assim conseguir coerência entre nossas opiniões e nossas ações sobre um tema determinado, como por exemplo as atitudes de uma pessoa.

COMO SE DISTANCIAR EMOCIONALMENTE DE UMA SITUAÇÃO?

Agora, como fazer isso? Como se distanciar emocionalmente de uma situação? Essa resposta não tem uma fórmula mágica, pois depende de muitos fatores pessoais e circunstanciais, assim como fatores relacionais.

Há pessoas às quais damos enorme importância, e nos distanciarmos das emoções que temos quando estamos com elas é, sem dúvida, uma das tarefas mais complicadas que temos que concluir na hora de montar o quebra-cabeça para compreender o que está acontecendo.

Mesmo assim, e mesmo considerando que não temos uma receita perfeita que nos leve a tomar a distância ideal do melhor modo possível, podemos destacar a maior parte dos ingredientes que acabam nos faltando para conseguirmos nos distanciar emocionalmente nas situações mais difíceis para nós.

“Conforme já falamos, é indispensável que respeitemos o tempo, pois tempo é necessário para vermos mais nitidamente nossas emoções. Metaforicamente, podemos ilustrar essa questão com as cores dos semáforos: vermelho, amarelo e verde.”

Diante de uma afronta, provavelmente a luz amarela pisca para rapidamente passar ao vermelho. Ou seja, quando somos invadidos, por exemplo, pela raiva, pela tristeza, pela alegria ou por qualquer outra emoção, nosso semáforo rapidamente se torna vermelho, e nesse momento não devemos tomar decisões.

Com o semáforo vermelho devemos frear nossa reação emocional e esperar um tempo para compreender exatamente o que pensamos, sentimos e o que vamos fazer.

Observe, olhe e afaste-se se for necessário, mas não tome decisões permanentes a partir de emoções que são temporárias, ainda que tenha vontade de dizer muitas coisas em determinadas situações ou de gritar, você pode se manchar para sempre. Dê tempo para que suas emoções se estabilizem novamente, vá dar um passeio, pinte um desenho ou deixe passar uns dias antes de decidir e lidar com a situação ou pessoa que te irritou ou entristeceu.

Quando o tempo passa algumas coisas simplesmente deixam de ter importância, e alguns detalhes que antes eram angustiantes passam a ser amenidades que relativizamos e aceitamos como inerentes às circunstâncias.

Digamos que é graças ao tempo que nos afastamos e deixamos de reagir com intensidade emocional, evitando gerar decepções, expectativas e traições. Conseguir, enfim, não ser controlado por nossas emoções é possível, mas é uma habilidade que se aprende somente com a prática.

A BÚSSOLA INTERNA, UM GRANDE BENEFÍCIO GANHO COM A DISTÂNCIA EMOCIONAL

No momento em que conseguimos criar uma distância emocional perante uma situação, podemos escutar o que diz a nossa bússola interna que nos dá intuições sobre o que está bem e o que está mal. Essas intuições muitas vezes são certas, posto que se baseiam nos nossos sentimentos, muito mais duradouros que nossas emoções.

Então, as decisões que tomamos a respeito dos demais e do que aconteceu serão muito melhores e mais coerentes com o que sentimos e pensamos verdadeiramente. Aqui podemos saber o que merece atenção e o que pode ser ignorado, fomentando um sentimento bom e impedindo que soframos por aquelas coisas que não podemos controlar.

Resumidamente, é muito importante que diante de situações complicadas ou com muita carga e intensidade emocional criemos uma distância, pois assim teremos sucesso em ver que os aspectos mais passageiros de nossas emoções nos confundem, e então não nos arrependeremos de agir de uma ou outra forma.


Fonte do texto: O segredo - via: http://www.sentimentosemfrases.com/nao-fico-mais-com-raiva-so-olho-penso-e-me-afasto/

sábado, 2 de novembro de 2024

CUIDADO COM QUEM FALA MAL DOS OUTROS: VOCÊ NÃO SERÁ EXCEÇÃO!

Muitos de nós somos confidentes e amigos de quem fala mal dos outros, como se algum poder divino lhes tivesse outorgado essa autoridade.

Não o fazem de uma forma que poderíamos chamar de “casual”, mas para eles a hipocrisia é um recurso corriqueiro na comunicação, que serve de forma indireta para reforçar seus valores procurando a cumplicidade do outro naquilo que criticam.

Este estímulo funciona por oposição: se o outro concorda comigo na minha crítica, também estará concordando com o que defendo, com o que considero que sou. Assim, este hábito é próprio de mentes inseguras, que com palavras sobre os outros procuram espantar fantasmas.

Além disso, as pessoas com este costume não falam de forma geral ou aludindo a detalhes irrelevantes. Contam intimidades, julgam e narram histórias que foram reveladas por acaso ou descuido, mas que não deixam de pertencer à intimidade de alguém e, portanto, a um lugar no qual ninguém deveria entrar sem o consentimento do outro.

Como detectar a hipocrisia no nosso entorno

Não é raro achar que no nosso próprio círculo de amigos não exista ninguém a nos criticar. Se pensássemos o contrário, não os teríamos como amigos. Com certas exceções, obviamente, porque há quem goste do masoquismo também nesse sentido. Adoram que falem deles, mesmo que seja mal e com más intenções.

Agora, o normal é que não nos sintamos muito felizes quando percebemos que alguém nos usa de saco de pancadas pelas costas. Ainda mais se for alguém em quem temos confiança e com quem compartilhamos uma certa intimidade. Isto acontece muito com os casais, nos quais um dos dois, para desabafar com seus amigos ou amigas, não raramente coloca o outro para “sangrar”.

“A coisa mais ofensiva que o seu pior inimigo pode jogar no seu rosto não se compara com o que seus amigos mais íntimos falam de você pelas costas.”-Alfred de Musset-

Considerando isso, assumindo que todos somos humanos, é muito radical afirmar que todo aquele que fala mal dos outros em algum momento é um hipócrita.

Se não tivéssemos um amigo fiel, um apoio sincero para nos ajudar a suportar, esses momentos ruins seriam duplamente amargos. Portanto, cada um de nós pode comentar alguma coisa negativa das pessoas que nos rodeiam com alguém que consideramos digno da nossa confiança.

Contar para uma pessoa coisas que acontecem com outras não é hipocrisia, poderíamos dizer que cumpre uma função vital no ser humano. No entanto, obviamente existem certas linhas vermelhas que podem nos dar dicas de que começamos a viver em um ambiente de hipocrisia.

A hipocrisia delata a si mesma se você souber distinguir seus detalhes

Toda queixa sobre o comportamento dos outros precisa passar por uma série de fases. Não são regulamentares, mas são éticas. Se alguém faz alguma coisa que me irrita ou incomoda, em primeiro lugar é bom procurar solucionar esse assunto com a própria pessoa.

Se, em vez de tentar solucionar o problema de forma direta, começamos a relatar os erros da pessoa que nos causa esse mal-estar com outras pessoas do nosso entorno compartilhado, começamos a desenhar as linhas vermelhas do que chamamos de hipocrisia.Contar para várias pessoas do seu entorno quão mal você se sente com certo alguém e na sequência agir como se nada tivesse acontecido em uma reunião social não resolve a situação. Muito pelo contrário, você contamina aos outros e a si mesmo.

Pode acontecer várias vezes, mas se isso se transforma na tônica geral, pense que você está adquirindo um mau hábito para reduzir a sua frustração. Se você perceber esse mau hábito em alguém do seu entorno, pode ser a hora de ficar alerta, o que não significa ficar na defensiva.

Quando quem ‘fala mal’ passa a fazer uma verdadeira maldade
Falamos que existem finas linhas vermelhas para detectar a hipocrisia, que às vezes é sutil e difícil de assumir. Contudo, em outras ocasiões começa a haver um traço tão evidente nos outros que já não é suficiente estar alerta. É hora de deixar de ser inocente, por mais difícil que seja, por mais que doa.

Por mais que custe a acreditar, falar mal dos outros vende. Dá liga, dá jogo. Existem pessoas que, em função dos seus déficits em verdadeiras habilidades sociais, usam conversas sobre a vida dos outros para atrair e conseguir a atenção do resto.

Mentiras totalmente elaboradas, rumores infundados, detalhes íntimos contados em uma mesa de bar sem o menor decoro. Já não existem linhas vermelhas, os limites já foram desenhados: descobrimos que não se trata apenas de hipocrisia. Essa pessoa, que consideramos um amigo, começa a falar de outras pessoas do nosso entorno de uma forma verdadeiramente ruim, sem mostrar o menor grau de arrependimento.

Essa pessoa começa a mostrar seu lado mais obscuro para com os outros, mas nos negamos a pensar que isso possa acontecer conosco. Até que percebemos que ela fala com verdadeira maldade, diante de um público atento, de uma pessoa que guarda a mesma relação de confiança que a que você compartilha com ela. Já passou a hora de ser vigilante: afaste-se dessa pessoa.
Rodear-se de pessoas autênticas é a recompensa por não praticar a hipocrisia

Ninguém vai premiá-lo por tentar se desfazer da hipocrisia do seu entorno. Ninguém vai condecorá-lo com uma medalha por não entrar no jogo sujo que alguém lhe apresenta em bandeja de prata. Muito pelo contrário, você ainda corre o risco de perder contato com certos conhecidos, você será presa da dúvida e muitos julgarão a sua atitude.

Colocar limite nos relacionamentos com pessoas totalmente tóxicas, que não apenas praticam a hipocrisia, mas que também ferem quando podem e querem, é difícil, ainda mais quando essa pessoa fez parte da sua intimidade. Não é coincidência que nos maus-tratos psicológicos aquele que se afasta nunca seja o vencedor.

O mais conveniente nesses casos, pela própria saúde emocional, é não entrar em um jogo ainda mais sujo: não tente desvendar aos outros a hipocrisia do outro, cada um precisa ser suficientemente responsável para tirar a “venda dos olhos” com autonomia e independência. Você já teve suficiente.

No fim das contas, viver sem estar rodeado de hipocrisia tem uma recompensa implícita em si mesma: você viverá mais rodeado do oposto. Haverá pessoas sadias com corações limpos ao seu redor e você terá muito mais espaço para elas. Com o tempo, a ira desaparecerá e até um sentimento de certa compaixão tomará conta de você. Você terá passado o luto da cólera para chegar à mais absoluta das indiferenças.
Você terá aprendido uma grande lição: é preciso tomar cuidado com quem fala mal e prejudica os outros pelas costas. Logo você poderia ter estado com esse mesmo punhal nas costas, sem saber quem fez você sangrar.


Fonte do texto: https://osegredo.com.br/2017/03/cuidado-com-quem-fala-mal-dos-outros-voce-nao-sera-excecao/ Fonte da imagem: Internet/google

sexta-feira, 14 de abril de 2023

ÀS VEZES É PRECISO MANDAR IR À MERDA MESMO!

 Infelizmente, algumas pessoas param de encher o saco apenas quando são tratadas com firmeza e um pouco de ironia. Caso contrário continuam se achando as maravilhosas do pedaço.

Mandar ir à merda gente sem noção é uma maneira irreverente de libertar-se

Como defendi em muitos artigos e defendo vigorosamente em minha vida cotidiana e banal, a generosidade e a gentileza devem ser palavras de ordem. Dizer bom dia, boa tarde, boa noite, sorrir, acenar, falar obrigado e por favor, pronunciar um elogio sincero fazem bem para os outros e para nós mesmos.

Por outro lado, paciência tem limites e bondade não é sinônimo de burrice. Ás vezes é preciso mandar ir à merda mesmo, alto e em bom som caso a pessoa em questão não escute direito ou tenha problemas para abstrair.

Ninguém é obrigado a pensar como ninguém, mas ninguém precisa destilar suas verdades como o mais vil veneno. Ninguém é obrigado a simpatizar com ninguém, mas ninguém tem o direito de jogar tal antipatia na cara dos outros. Mas se por acaso alguém desrespeita a opinião alheia, dá um show de antipatia ou esculhamba por falta de coisa melhor para fazer ou simplesmente para se sentir menos péssimo consigo mesmo, deve preparar-se para ir à merda.

Muita gente acha que é falta de educação dar respostas malcriadas para gente sem noção, que se sente dona da verdade, que quer convencer os outros com argumentos baixos, que finge não entender para criar polêmica. Acho que a pessoa perde o direito de ser tratada com educação quando ela é propositadamente idiota.

Infelizmente, algumas pessoas param de encher o saco apenas quando são tratadas com firmeza e um pouco de ironia. Caso contrário continuam se achando as maravilhosas do pedaço. Acham-se poderosas e assertivas por dizerem palavras ofensivas. Para mim estas pessoas inconvenientes, pretensiosas, que vomitam suas lindas verdades sem filtros têm preguiça mental porque discordar com classe e educação exige um trabalho intelectual muito mais elaborado e cuidadoso do que simplesmente exibir o seu acervo de grosserias.

Mandar ir à merda não significa necessariamente usar estas palavras. Ás vezes mandamos à merda com um olhar de desprezo, com uma resposta irônica ou apenas com um constrangedor silêncio. Um e-mail não respondido, um convite não aceito podem ser formas bem eloquentes de mandar ir à merda. Não quero dizer que toda vez que não respondem a um e-mail nosso, estão nos mandando ir à merda. Às vezes a pessoa em questão não respondeu porque está num mau momento. O mesmo se refere a convites. Mas quando alguém começa a nos evitar de forma sistemática, ela provavelmente está nos mandando ir à merda. Às vezes com motivo, às vezes sem motivo. Não entrarei nesta questão.

O que desejo ressaltar é que não precisamos engolir tudo. Não precisamos levar na cara e achar normal. Ninguém é saco de pancada de ninguém. E se alguém se sente no direito de transformar os outros em sua válvula de escape para o estresse do dia a dia , mande à merda sem a menor cerimônia.

Digo mais: quando o idiota em questão for você mesmo, mande a sua insegurança e os seus traumas e manias irem à merda também. Seu lado medroso está te privando de um prazer delicioso? Mande-se à merda! As suas manias estão roubando o seu tempo livre e o seu bom humor? Mande-se à merda! O seu passado triste está atrapalhando o seu presente? Mande-se à merda juntamente com quem te ajudou a ferrar o seu passado! Pode ser bem divertido!

Fonte do texto: https://osegredo.com.br/2015/08/as-vezes-e-preciso-mandar-ir-a-merda-mesmo/ Fonte da imagem: google/intern
et

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

IGNORAR CERTAS PESSOAS NOS TORNA MAIS FELIZES...

“Você nunca vai chegar ao seu destino se parar para atirar pedras em cada cão que late pelo caminho.” (Winston Churchill)

 Quanto mais vivemos, mais percebemos que a arte de ignorar certas pessoas é capaz de nos poupar de muitos dissabores, aumentando a qualidade de nosso dia-a-dia. Com o tempo, vamos aprendendo que gastar energia com pessoas e coisas que não merecem um mínimo de consideração é atraso de vida, e que só serve para aumentar a quantidade de nossos cabelos brancos e de nossas decepções acumuladas.

Não dê ouvidos a quem está sempre dizendo que nada vai dar certo, que você não vai conseguir, ou que seus sonhos são utópicos demais. Ninguém nos conhece melhor do que nós mesmos e ninguém tem o direito de nos determinar qual é o real alcance de nosso potencial. Nossos ideais é que alimentam as nossas esperanças, as nossas certezas de que o amanhã virá mais belo e pleno de realizações.

Passe por cima, com dignidade e elegância, das opiniões contrárias, dos pontos de vista que denigrem e diminuem tudo aquilo em que acredita. Poderemos nem sempre estar com a razão, mas jamais deveremos abrir mão do pulsar de nossos sentidos, das crenças que nos sustentam o olhar adiante e que nos impulsionam a seguir sempre em frente, a despeito das adversidades e dos tombos que a vida nos dá.

Atropele seus medos, os temores que emperram os seus passos, que tolhem o seu caminhar da liberdade da qual deve se revestir. Não se contamine pelas negatividades alheias, de gente que nunca ousou desvencilhar-se das amarras das convenções sociais, de gente que nunca saiu do lugar, iludindo-se pela comodidade desconfortante da ilusória zona de conforto em que se amotina.

Não ligue para aqueles que desacreditam de seus empreendimentos, de suas idéias, dos sonhos que embasam a sua busca pela felicidade, em casa, no trabalho, onde for. Mantenha firme o seu propósito de encontrar o amor verdadeiro, o amigo leal, o emprego perfeito, a carreira naquilo em que você é melhor. Nada nem ninguém nos impedirá a construção de um caminho de sonhos palpáveis, caso acreditemos em nós mesmos.

Esqueça as palavras de desânimo e de desmotivação que ouvir pelo caminho, enquanto tenta seguir a luz que ilumina a sua jornada. Lembre-se de que ouvir a voz que vem do seu coração lhe abrirá muitas portas que estarão prontas para recebê-lo diariamente, bem como o levará ao encontro de pessoas que o acompanharão com apoio sincero, amando tudo o que em você é digno de admiração verdadeira. Não guarde dentro de si lixo emocional que os desavisados tentam lhe empurrar, tentando atraí-lo para dentro de suas próprias escuridões.

Ignorarmos aqueles que nos ferem gratuitamente, que querem tão somente nos paralisar, para que estagnemos ao nível da miséria emocional em que se encontram, será uma das atitudes mais sábias e úteis que tomaremos ao longo de nossas vidas. Porque ninguém é capaz de acabar com a grandeza que possuímos aqui dentro, nem ninguém tem poder algum sobre as nossas verdades, a não ser que deixemos. No mais, o que importa é ser feliz, e bem longe de gente chata.

Fonte do texto: http://obviousmag.org/pensando_nessa_gente_da_vida/2016/ignorar-certas-pessoas-nos-torna-mais felizes.htmlutm_source=obvious&utm_medium=Article_Column&utm_campaign=Popular_Articles

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

QUEM É VERDADEIRAMENTE FELIZ NÃO PRECISA DE PLATEIA!

Ninguém precisa saber o quanto somos felizes, além daqueles a quem devemos ser gratos por nos oferecer um amor verdadeiro, que sempre nos curará e nos provocará sorrisos espontâneos, aqueles que sempre estarão de mãos dadas conosco, faça chuva ou faça sol.

Em tempos de felicidade estampada nas vitrines e de selfies espalhadas pelas redes sociais, a impressão que temos é de uma sociedade feliz e alegre, positiva, apaixonada e apaixonante. Somos todos bem resolvidos, bem amados. As amizades são verdadeiras, os filhos são perfeitos, a comida é maravilhosa, vinte e quatro horas por dia – pelo menos nos perfis virtuais.
Logicamente, as redes sociais não devem servir a lamentações e queixas, nem a indiretas desagradáveis, pois lá estamos para nos divertir e higienizar nossa mente, fugindo um pouco à estafa de nosso cotidiano apressado e atribulado. Muitos confundem a rede virtual com um diário íntimo, postando aquilo que deveria ser resolvido junto a um terapeuta, aquilo que não interessa a ninguém.

Por outro lado, há quem exagera na felicidade estampada nas fotos e nos posts, expondo-se em demasia, como se a própria vida fosse um filme do interesse de todos. Embora cada um use seus perfis da forma que bem entender, há que se tomar cuidado para que não se exagere no compartilhamento de tudo o que acontece, de todo passo dado, inclusive se resguardando de gente que fuça os perfis à procura de casas sem ninguém para assaltarem ou de alvos de sequestros.

Como tudo na vida, há que se ter cautela e equilíbrio na forma como lidamos com o mundo à nossa volta, na maneira como nos relacionamos com as pessoas que convivem conosco. Não conhecemos ninguém tão a fundo, que possamos nos abrir totalmente, inclusive nos expondo em nossas fraquezas, uma vez que muitos não perderão a oportunidade de usar isso contra nós, quando lhes for interessante.

Da mesma forma, bradar aos quatro ventos uma vida cor de rosa, maravilhosa e perfeita, como se tudo desse certo na sua vida, muito provavelmente atrairá a inveja alheia. Embora o mal não nos atinja quando temos o bem em nossos corações, existem pessoas que usam de meios que jamais imaginaríamos para nos prejudicar, portanto, quanto menos souberem de nossas vidas, melhor será.

A melhor maneira de ser feliz, no final das contas, é compartilhando o que sentimos com as pessoas que nos amam com sinceridade, com aqueles que sempre estarão de mãos dadas conosco, faça chuva ou faça sol. Porque ninguém precisa saber o quanto somos felizes, além daqueles a quem devemos ser gratos por nos oferecer um amor verdadeiro, que sempre nos curará e nos provocará sorrisos espontâneos. Porque a felicidade não se alimenta de plateia, mas de amor que vai e volta cada vez mais forte, cada vez mais amor.


Fonte do texto: https://osegredo.com.br/2016/07/quem-e-verdadeiramente-feliz-nao-precisa-de-plateia/

terça-feira, 23 de junho de 2020

Há momentos em que a solidão é o preço da liberdade

 Costuma-se dizer que é melhor estar sozinho do que mal acompanhado, e que é melhor uma solidão digna do que tentar manter um NÃO amor ao seu lado. Entendemos “NÃO amor” como esses casais que só se alimentam de insatisfações e nos quais reinam sentimentos negativos que se apoderam da liberdade emocional dos seus membros.
É comum, em algum momento das nossas vidas, cairmos em relacionamentos ruins, pois desde a mais tenra infância aprendemos que o casal ideal tem que ser do tipo “não posso viver sem você”, “sem você a minha vida não teria sentido”, “sem você eu morro”, etc.
Se analisarmos estas frases iremos perceber que desatam uma avalanche de pressões e de exigências sobre a outra pessoa e sobre o relacionamento em si, que pode chegar a nos dominar e esgotar o nosso eu interior.
Por isso, quando chegamos ao ponto de enfrentar um relacionamento insano, precisamos reaprender uma coisa que deveríamos ter muito clara: a única pessoa de quem preciso para viver sou eu mesmo.Nem mais, nem menos, isto é bastante simples. Não existe amor sem amor próprio.

O amor da sua vida é você mesmo. Quando você vai parar para entender isto?

O amor não suplica, o amor não roga, o amor não implora, o amor não chora em excesso.
O amor é uma condição saudável, o amor é uma condição positiva, o amor é uma habilidade. O amor é uma ambição de muitos mas um privilégio de poucos.

O medo de estar sozinho nos amarra a relacionamentos ruins

A princípio, o medo de estar sozinho na vida é uma questão adaptativa, positiva e saudável. Contudo, como em tudo, existem certos limites que não devem ser ultrapassados. Concretamente o de se submeter à dor e aguentar todo tipo de sofrimento para evitar a separação.
Muitas pessoas, em conseqüência da educação recebida e das experiências vividas, sentem grande desespero frente à ideia de se sentirem sozinhas no mundo, o que as impulsiona a se envolverem em relacionamentos disfuncionais.
Existem um texto de Maria Teresa de Calcutá que fala sobre isto é verdadeiramente perturbador.

“Existem pessoas que têm um cônjuge mas se sentem tão sozinhas e vazias como se não o tivessem.

Existem outras que, por não esperar, decidem caminhar ao lado de alguém errado e, no seu egoísmo, não permitem que esse alguém se afaste mesmo sabendo que não o faz feliz.
Existem pessoas que sustentam casamentos ou noivados já destruídos, pelo simples fato de pensarem que estar sozinho é difícil e inaceitável. Existem pessoas que decidem ocupar um segundo lugar procurando chegar ao primeiro, mas essa viagem é dura, desconfortável e nos enche de dor e abandono.
Mas há outras pessoas que estão sozinhas e vivem e brilham e se entregam à vida da melhor forma. Pessoas que não se apagam, pelo contrário, a cada dia se iluminam mais e mais. Pessoas que aprendem a desfrutar da solidão porque ela as ajuda a se aproximar de si mesmas, a crescer e a fortalecer o seu interior.
Essas pessoas são as que um dia, sem saber o momento exato nem por que, se vêem ao lado da pessoa que as ama com um verdadeiro amor, e se apaixonam de uma forma maravilhosa.”

É a sociedade que nos ensina a não gostar da solidão...

É comum ver ofertas de 2×1 em jantares, cruzeiros ou em coquetéis, por isso não é estranho termos a ideia preconcebida de que para ser uma pessoa completa e desfrutar da vida precisamos ter companhia.
Portanto, são poucas as pessoas que não esperam que os outros apaguem da sua mente emocional a sensação de solidão. Tendemos a nos sentirmos incapazes de sermos responsáveis por nós mesmos, de modo que a conseqüência mais direta desse pensamento é a necessidade de procurar alguém que nos proteja.
Tendemos a associar o fato de não ter companheiro com o isolamento afetivo e social, quando na verdade não ter companheiro não é sinônimo de reclusão ou de não ter opção para ter um contato humano significativo.
Não existe uma fórmula mágica que nos ajude a superar o temor de estarmos sozinhos, mas a melhor forma de acabar como isso é começando a estar, se arriscando a sentir, a se conhecer e a caminhar sem ajuda. Tendo ou não tendo companheiro, encontrar-se consigo mesmo e desfrutar da própria companhia é essencial para o nosso bem-estar. O resto pode ou não potencializá-lo, pois é um acessório.
Portanto, como disse Maurice Maeterlinck, “o silêncio interior é o sol que amadurece os frutos da alma”. Em outras palavras, encontrar companhia em você e se apaixonar por seu eu interior é um tremendo presente a si mesmo. A partir daí, venha o que vier, pois seremos capazes emocionalmente de nos sintonizar com os outros se quisermos.
Também cabe a possibilidade de não querermos nos apaixonar por ninguém e de, portanto, desejarmos estar sozinhos para nos conhecermos mais ou vivermos experiências que, de outra forma, não seriam possíveis. Esta decisão que parece tão fácil de analisar não é simples para a maioria de nós, pois parece que, como dissemos anteriormente, nos nossos modelos é imprescindível ter um companheiro.

Seja como for, para se apaixonar por outra pessoa primeiro é preciso se apaixonar por si mesmo, o que nos conduzirá a alcançar o equilíbrio interior dentro da solidão, uma grande companheira de viagem com a qual todos deveríamos falar no transcurso do nosso trajeto vital.

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Você conhece a síndrome do escravo satisfeito?

 Todo nós sabemos o que é um escravo: uma pessoa que tem sua liberdade anulada. Da mesma forma que aqueles que sofrem a Síndrome de Estolcomo, na qual a pessoa sequestrada consegue estabelecer um vínculo afetivo com o sequestrador, o escravo pode se encontrar satisfeito com esta anulação de sua liberdade.

Isso não tem nada a ver com a sexualidade. O escravo satisfeito vai muito além disso. Quer saber mais sobre esta síndrome? Será que você sofre da síndrome do escravo satisfeito? Hoje você descobrirá…

“Nada é tão desanimador quanto um escravo satisfeito” -Ricardo Flores Magón

Correntes mentais

Quando falamos de escravidão, todo mundo pensa em algo que já está obsoleto e que ficou no passado. Mas… temos certeza disso? Um escravo satisfeito tem muitas correntes mentais. Isso faz com que seja muito difícil poder se rebelar contra a situação, pois estas correntes estão em sua própria mente e, portanto, fazem parte dele.

A maneira de escravizar mudou, agora é mais sutil. Tanto que podemos ser escravos satisfeitos sem nos darmos conta. Ninguém gosta de ser um escravo, mas e se não tivermos consciência disso? Está aqui a grande incógnita que vamos revelar.

Quando você não é capaz de se rebelar diante de uma humilhação, quando você se mantém cabisbaixo em uma discussão, sem manifestar sua opinião, você é um escravo. Do que você tem medo? Você sabe que tem o desejo de levantar a voz, mas algo o impede. Ou talvez deveríamos dizer que você mesmo se impede.

As nossas correntes podem não ter sido dispostas por ninguém, apenas por nós mesmos. Regras que existem para saber viver em sociedade e a necessidade de sermos perfeitos muitas vezes nos restringem a liberdade que tenta aflorar do nosso próprio interior. Disso, lamentavelmente, não nos damos conta.

Você é feliz permitindo-se ser humilhado? Você é feliz tentando ser igual aos demais? A busca pela felicidade o leva realmente a ela? Verdadeiramente, não.
Vivemos anestesiados?

Ter a síndrome do escravo satisfeito pode ser comparado com estar sob os efeitos de uma anestesia: pensamos de forma relativamente similar e fazemos o que acreditamos que queremos fazer. A realidade é totalmente diferente. Somos escravos satisfeitos e acreditamos nisso.

Pensemos por um momento nos relacionamentos. Dependendo do lugar onde você mora, terá uma concepção diferente sobre os relacionamentos, a infidelidade, a monogamia. Talvez você pratique alguma relação diferente da que foi ensinado desde pequeno… mas será que mesmo assim você não é um escravo satisfeito?

Todos os seres humanos buscam a felicidade, ou acreditam que esse é seu objetivo. Mas, o que significa para você a “felicidade“? Formar uma família? Ter estabilidade no trabalho? A felicidade é ditada pela sociedade. As pessoas que se rebelam contra esta síndrome começam a experimentar uma espécie de representações sem razão e estereótipos impostos pela sociedade em que vivemos.

“Riem de mim porque sou diferente, rio deles porque eles são todos iguais” -Kurt Cobain

Há um pensamento uniforme. Algo que permite que não nos sintamos estranhos com as pessoas que estão ao nosso redor. Mas quando olhamos além, quando nos livramos das correntes, realmente nos tornamos estranhos. Começamos a ver as demais pessoas como um grupo que pensa igual, enquanto nós somos diferentes.

Você se lembra daqueles sapatos dos quais não gostava nem um pouco, mas que agora você usa? A publicidade, a moda e a própria sociedade nos “obrigam” a ser submissos. Antes você não gostava, mas agora você usa. Embora você não acredite, seus amigos estão exercendo uma pressão sobre você quando você calça os sapatos que você tanto detestava. A sociedade o pressiona para que você seja igual.

Pensemos em nossa própria família. O machismo ainda está presente?

Em muitas, sim. Você sabe por quê? Se não conseguirmos nos rebelar contra isso e cedermos, nos sentiremos agradecidos por este tratamento machista existente em nosso lar e o reproduziremos, sem nos darmos conta, nas futuras relações que tivermos.

Hoje em dia ainda existem muitas coisas que deveriam ter ficado no passado. Por isso as pessoas são tão incoerentes. Não percebem que estão reproduzindo algo que criticavam e, inclusive, rejeitavam. Não é o mesmo que acontece com os sapatos?

Tentar ser você mesmo é muito difícil. Parece que todos nós estamos marcados pelo mesmo padrão, e quando você se afasta dele, torna-se um estranho. A frustração, o pessimismo e a depressão podem se apropriar de você. Você não pode mudar o resto, mas pode mudar a si mesmo. Livre-se das correntes e liberte-se. Procure a sua própria felicidade afastada de tudo o que a sociedade dita.

Fonte do texto e da imagem: https://amenteemaravilhosa.com.br/sindrome-escravo-satisfeito/ 

Descubra como o medo de ser vulnerável trava a sua vida

 Desde que pedi demissão do meu cargo de advogada para partir em busca de uma vida com mais significado, tenho me sentido inspirada a escrever sobre as transformações que tenho vivenciado.

Estive pensando sobre como tenho me exposto recentemente, escrevendo sobre partes muito íntimas da minha vida e do meu ser. Isso seria inimaginável pra mim há algum tempo atrás.

Eu tinha muito medo de parecer vulnerável. Eu achava que falar sobre o que eu sentia e vivenciava me tornava fraca. Em partes eu estava certa, não se deve sair por aí falando tudo o que pensa e sente, mas o que descobri nessa jornada em busca de uma vida com mais propósito, é que fingir que está tudo bem não te torna uma pessoa mais forte.

Não estou falando só de fingir que está tudo bem para os outros, o problema maior é quando fingimos que está tudo bem para nós mesmos.

Isso acontece quando deixamos o medo de sermos vulneráveis nos dominar de tal forma que passamos a pensar e agir de modo a atender às demandas do mundo externo, sem nos preocuparmos com o impacto que isso tem no nosso mundo interno.

Um jeito simples de descobrir se esse é o seu caso, é se fazer algumas dessas perguntas:

1 – Você se sente insatisfeita(o) com a sua vida, mas não sabe o que fazer para mudá-la?

2 – Você gostaria de se relacionar melhor com a sua família, amigos, colegas de trabalho e/ou parceiro amoroso) mas não sabe como?

3 – Você sente que a vida não tem sentido, às vezes?

Se você respondeu sim a uma dessas questões, pode ser um sinal de que você perdeu a conexão com a sua verdade, com quem você realmente é, com o que você sente, com o seu propósito nessa vida.

E isso pode ter acontecido porque você não se permitiu ser vulnerável. Porque em alguns ou vários momentos, você teve medo de mostrar quem você realmente era, o que sentia, o que queria de verdade.

A vida passa numa velocidade imensa e é muito fácil nos perdermos de nós mesmos no meu caminho. Eu passei por isso inúmeras vezes. Parece que você sai da rota, para de olhar pra si e começa a tentar, freneticamente, se encaixar em determinados padrões de sucesso.

E você só descobre que não estava sendo sincero consigo mesmo quando o “sucesso” que você tanto almejou já não te satisfaz mais.

O nosso Eu verdadeiro está o tempo todo nos mandando sinais de qual é o caminho certo a seguir. Esse caminho é diferente para cada um de nós. E você só vai conseguir descobrir o seu quando perder o medo de ser vulnerável e começar a ouvir o que, de fato, você sente e quer.

Esqueça, por alguns minutos, tudo o que esperam de você, tudo o que te disseram que deveria ser feito para ser feliz, para ser amado, para ser aceito. Quando você conseguir se desapegar de todos esses padrões externos, então você conseguirá acessar os seus padrões internos, ou seja, quem você verdadeiramente é, o que você verdadeiramente sente e aí ficará bem mais fácil encontrar o caminho de volta para uma vida mais feliz, plena e cheia de propósito.

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Não antecipe sofrimento

 “Ficamos, muitas vezes, presos a expectativas pessimistas de sermos despedidos, de estourarmos o nosso orçamento, de acontecer algum acidente com nossos filhos, de adoecermos, de não nos apaixonarmos, de sermos traídos ou deixados pelo amado e, enquanto isso, a vida passa lá fora, sem que desfrutemos todas as oportunidades que ela carrega aqui e agora.”

O mundo está cada vez mais violento e complexo, deixando-nos apreensivos com as incertezas e obstáculos que permeiam o nosso caminhar. Por essa razão, acabamos temendo sempre o pior que possa vir a acontecer, uma vez que somos rodeados por notícias e fatos desesperançosos, tais como constantes assaltos, desvios de dinheiro, alta de preços, desvalorização do poder de compra, desemprego, acidentes, dentre tantos outros.

Nesse contexto, avolumam-se, dentro de nós, inseguranças e temores quanto à possibilidade de nos tornarmos protagonistas de tais experiências, o que nos deixa apreensivos e tomados de pensamentos pessimistas quanto ao nosso amanhã e ao futuro de nossos amados. Trazemos para as nossas vidas aquilo que nem aconteceu ainda e, muitas vezes, acabamos tolhendo os nossos sonhos de sua capacidade motivadora de nos fortalecer.

Na verdade, sofrer pelo que possa acontecer de ruim em nossas vidas é totalmente inútil, pois nos torna sujeitos infelizes e paralisados, cegando-nos frente às inúmeras oportunidades de alcançarmos a felicidade que estão bem ali na nossa frente. Quando nos preocupamos demais com o amanhã, deixamos de construir um hoje melhor, ou seja, deixamos de viver o que temos conosco no presente, em razão de antecipações negativas que nos tornam ansiosos e infelizes, dia após dia.

Ficamos, muitas vezes, presos a expectativas pessimistas de sermos despedidos, de estourarmos o nosso orçamento, de acontecer algum acidente com nossos filhos, de adoecermos, de não nos apaixonarmos, de sermos traídos ou deixados pelo amado e, enquanto isso, a vida passa lá fora, sem que desfrutemos todas as oportunidades que ela carrega aqui e agora. Não vivemos o hoje, por conta de um amanhã que ainda nem existe, tampouco conseguimos nos fortalecer para enfrentar os dias de luta que virão.
Sofrer pelo que não aconteceu é tão danoso, que nos impede a preparação para um futuro melhor. Dessa forma, nossos medos muito possivelmente se concretizarão e teremos, sim, amanhãs infelizes, pois estivemos muito preocupados com eles e não nos preparamos para recebê-los com todas as possibilidades de felicidade que o futuro sempre traz. De tanto pensarmos no pior, acabamos atraindo negatividade para dentro de nossas vidas, pois nos tornamos pessoas com quem nem é prazeroso conviver. Perdemos, consequentemente, inúmeras chances de conhecer, de amar, de sorrir, de contemplar, enfim, de viver como realmente merecemos.

Obviamente, isso não significa que devemos nos alienar e viver descompromissadamente, sem planos e projetos, sem pensar e nos preparar para o futuro. Programar ações e agir com vistas às consequências é necessário, no sentido de conseguirmos alcançar uma velhice digna e confortável, junto de quem amamos e nos ama de verdade. No entanto, precisamos também esperar coisas boas, antecipando um amanhã feliz e pleno de realizações, pois isso nos tornará mais lúcidos quanto ao que precisamos fazer hoje, para podermos desfrutar um futuro melhor.

Prevenir-se não significa, absolutamente, negativar o que virá, pois, na verdade, controlamos quase nada do que acontece e acontecerá em nossas vidas. O que importa, mesmo, é buscar a felicidade, com o que se tem, a partir do que somos, com quem está conosco, sorvendo cada instante intensamente, para que não carreguemos arrependimentos por tudo o que deixamos de viver no momento certo, enquanto vivíamos antecipações, muitas das quais nem chegaram a acontecer. Expectativas demasiadas nos emperram; otimismo, na medida certa, nos liberta. Permita-se, assim, viver o real, pois é isso que terá valido a pena e é isso que acalentará as doces lembranças que nos perpetuarão quando partirmos.

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Para superar as perdas, Freud Explica:

 “Sobre a Transitoriedade” é um ensaio escrito por Freud em 1915, que nos deixa lições valiosas de superação das perdas, através da compreensão da transitoriedade.

Para simplificar as escolhas que se fazem sobre a transitoriedade de tudo na vida, há quem escolhe fugir e quem escolhe ficar, há aqueles que se preocupam demais e aqueles se preocupam de menos, uns que vivem na ilusão de controlar tudo ao redor e outros que vivem como se fossem eternos.

Nenhum dos extremos se prova bom negócio afinal.

Tirar proveito da mortalidade e da frágil condição humana é um trabalho de delicadeza e não é um simples clichê de “viva cada dia como se fosse o último”, que na prática já se prova perdido.

“Sobre a Transitoriedade”, demonstra as habilidades literárias do criador da Psicanálise e traz uma brilhante reflexão sobre o valor da escassez do tempo, das coisas, pessoas e situações que se tornam preciosas para nós por seu caráter finito.
O ensaio teve forte influência do clima de guerra, a primeira guerra então assolando a Europa e castigando a todos com incertezas, e claro, um ambiente perfeito para se discutir transitoriedade, já que na guerra nada é certo, tudo e todos pertencem à guerra, tudo espera pela guerra e pode não estar aqui amanhã.
E ainda que não em guerra, precisamos saber tirar o melhor da transitoriedade, uma vez que ela nos é intrínseca.

Pode-se dizer que Freud era quem mais entendia do assunto, era judeu, viveu entre guerras e morreu de câncer. Teve as experiências mais vívidas com a efemeridade da condição humana. Por seus escritos vemos que Freud talvez tenha sempre enfrentado bem o tema, por vezes foi positivo, irônico e desiludido sobre o assunto, ou seja, manteve os pés no chão com certo charme.

Durante a 2ª guerra, por exemplo, quando a Alemanha nazista queimou seus livros junto com os de outros pensadores da cultura judaica, Freud declarou:

“A humanidade progride. Hoje somente queimam meus livros; séculos atrás teriam queimado a mim.”

E apesar de que a relevância de seu trabalho o tenha eternizado, Freud não mantinha ilusões a esse respeito, ao contrário, suas preocupações eram bem mais práticas. Em uma rara entrevista concedida ao jornalista americano George Sylvester Viereck, em 1926, isso fica muito claro:

George Sylvester Viereck: Não significa nada o fato de que o seu nome vai viver?

Freud: Absolutamente nada, mesmo que ele viva, o que não e certo. Estou bem mais preocupado com o destino de meus filhos. Espero que suas vidas não venham a ser difíceis. Não posso ajudá-los muito. A guerra praticamente liquidou com minhas posses, o que havia poupado durante a vida. Mas posso me dar por satisfeito. O trabalho é minha fortuna.

Estávamos subindo e descendo uma pequena trilha no jardim da casa. Freud acariciou ternamente um arbusto que florescia.

Freud:Estou muito mais interessado neste botão do que no que possa me acontecer depois que estiver morto.

George Sylvester Viereck: Então o senhor é, afinal, um profundo pessimista?

Freud:Não, não sou. Não permito que nenhuma reflexão filosófica estrague a minha fruição das coisas simples da vida.

George Sylvester Viereck: O senhor acredita na persistência da personalidade após a morte, de alguma forma que seja?

Freud: Não penso nisso. Tudo o que vive perece. Por que deveria o homem construir uma exceção?

E no ensaio “Sobre a Transitoriedade” Freud narra sua caminhada com um amigo poeta e a discussão entre eles. O poeta pensa que a beleza das coisas perde valor já que é transitória, mas Freud tenta persuadi-lo do contrário, sem sucesso. Conclui então, que o poeta estaria sob a influência de um processo de luto.

A superação da perda, a rebelião psíquica contra o luto que leva embora o prazer pela apreciação do belo, antecipando o luto pelo seu declínio. Porque o luto para o leigo é óbvio, como ele diz, mas para o psicólogo é um enigma não esclarecido.

Pra clarear um pouco mais, Freud exemplifica com a guerra, ele diz que ela fortaleceu o amor de muitos pelo que lhes havia restado, mas que outros, em seu processo de luto, resolveram-se por renunciar ao prazer, pelo fato de o objeto valioso não ter se mostrado durável. Uma forma de proteção. Contudo lembra que o processo de luto passa.

A solução segundo ele, seria exatamente a escolha dos primeiros, que nada mais é, que abrir mão daquilo que se foi e construir novos amores, para substituir os que se foram. Não há outra maneira saudável.

A questão é que não se pode viver no passado, nem no futuro, nossa libido precisa constantemente de objetos internalizados aos quais se apegar, agora. Viver na ilusão de controlar tudo ao redor ou viver sem apegos e preocupações, como se fôssemos eternos, são extremos, o que Freud nos ensina é a praticar, são as ações que são possíveis com o que nos resta, ações de construção de coisas novas, fazer o que se pode com o agora.

Muitas vezes as perdas são mais difíceis por que nos eximimos do agora, vivendo em um outro plano, nos eximimos das pessoas, das coisas simples, e de repente elas se vão. Então segue-se um processo de luto que vem a ser muito duro e carregado de culpa. Talvez entender a transitoriedade de tudo o que se tem nos ajude a dar valor e serene nossas perdas, já que estaremos conscientes de termos vivido o que se foi ou quem se foi, da melhor forma possível.

Fonte do texto: https://osegredo.com.br/2015/07/para-superar-as-perdas-freud-explica/ - Fonte da imagem: google/internet